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sexta-feira, 20 de abril de 2012

FORMOL E O CICLO DA DROGA “PROGRESSIVA”.


Por: Celso Martins Junior Diretor Técnico do Grupo Martbel | Professor de Cosmetologia da Universidade Anhembi Morumbi.
Longe de querer cansar meus amigos cabeleireiros e todos aqueles que possuem alguma relação com o setor cosmético, gostaria apenas de atualizar o tema, já que a demanda, a dificuldade de interpretação e porque não dizer a curiosidade, sempre são fatores impeditivos para o início de uma grande revolução em nosso “belo” setor de trabalho.
Tenho refletido sobre um conjunto de acontecimentos consecutivos e importantes para o mercado de alisantes capilares e coincidência ou não, o reconhecimento da profissão “cabeleireiro”, foi fortemente vinculado à tarefa de fiscalização por parte das SIVISAS, as vigilâncias sanitárias locais, que possuem ainda o direito da multa e das exigências por autuação. Convenhamos!, em tempos de grandes projetos como Olimpíadas e Copa do Mundo, é necessário construir mecanismos de geração de receitas. Obviamente que a cúpula do governo, vem assistindo a escalada meteórica do setor cosmético no Brasil, com destaque para o número volumoso e graúdo de salões de beleza que se alastram pelo país. Obviamente isso não seria deixado de lado pelas bases do governo.
O fato é que o ciclo do FORMOL, do GLUTARALDEÍDO e me desculpem, mas não posso deixar de mencionar o ÁCIDO GLIOXÍLICO e tudo aquilo que vem sendo gerado dele com nova opção de “A PROGRESSIVA SEM FORMOL”,se tornou um problema de primeira ordem para a ANVISA, que deverá tomar uma medida drástica em relação ao tema no próximo mês.
Como se já não bastasse, o Brasil volta a ser referência de ilegalidade para o mundo e esse tal “jeitinho brasileiro” que hora nos ajuda e hora nos atrapalha, transformou “a busca do liso perfeito” num problema de dimensões internacionais. Muitos dos bons profissionais, empresas nacionais e multinacionais resistiram à ilegalidade e imoralidade do formol e não trocaram seu longo aprendizado tão pouco seu compromisso com os amantes do bom cosméticos pelo dinheiro sujo e mal explicado, originado pelo ciclo de desgaste progressivo do formol.
É preciso entender que agora a “conta chegou pra pagar”, e o Brasil não terá como correr deste compromisso com o mundo. O país que tantas vezes é lembrado como uma referência para processos alisantes, agora tem contas a prestar com a humanidade. Precisaremos redefinir conceitos, legalizar o uso de matérias-primas contestáveis pela nossa própria legislação cosmética e é com a fúria de um “TAL CAPITÃO”, que lhes digo que não devemos parar de lutar, pois nem mesmo a política e o dinheiro devem servir de barreiras para a moralização do setor. Sonho com o dia em que nossos profissionais agora reconhecidos mudem o seus comportamentos diante desta provocação de dinheiro fácil e que façam uso de um conhecimento técnico invejável a qualquer profissional de qualquer parte do mundo para embelezar e encantar as pessoas com suas mãos mágicas.
Neste momento, me lembro de Alvin Toffler, em “A terceira onda”. As grandes mudanças e o verdadeiro potencial de cada empresa/organização está no seu capital intelectual, este sim, senhores, é o que pode caracterizar o “sangue azul” de uma “grande empresa”. Resta a Z.I.C, o maior cartel de formol já presente no globo, se esconder e camuflar seus pontos de misturas em fazendas e condomínios das grandes e pequenas cidades de nosso país.
Fonte: www.guiadesaloes.com.br 

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