Proteção UV nos cuidados capilares

Por: Catherine Fabbron | Farmacêutica Industrial  CRF-SP 32756

A aparencia do cabelo contribui em grande parte na imagem facial de uma pessoa. No entanto, varios fatores podem modificar as condições do cabelo, dentre eles os físicos (a escovação e uso excessivo do secador e prancha térmica); os químicos (permanentes, coloração e alisamentos) e os externos (radiação solar e cloro de piscinas).

A exposição solar sozinha pode levar a resultados indesejados tais como o desbotamento da cor (natural e corantes artificiais) e alteração da superficie do cabelo. Na verdade a radiação UV é considerada a mais danosa de todos os fatores ambientais.

Por razões evidentes não é tão simples medir a proteção UV no cabelo como é possível avaliar o vermelhidão causado pela radiação UV na pele. O cabelo, ao contrario da pele não enviará uma mensagem de dor devido ao excesso de exposição. O dano capilar induzido pela radiação UV será perceptível apenas depois da exposição cumulativa. O eritema induzido por UV é uma propriedade exclusiva da pele e o FPS calculado para formulações de protetores solares não pode ser utilizado em produtos de cuidados capilares.

O cabelo pode ser melhor protegido contra os danos causados por UV tratando-o com produtos leave-in contendo um filtro UV antes da exposição. O uso de produtos com enxague geralmente conferem menos proteção, embora certa deposição de filtro sobre a fibra capilar pode ser alcançada. O nível de deposição depende da formulação e dos ingredientes utilizados, por exemplo, alguns filtros UV catiônicos mostram certa afinidade com o cabelo humano e boa substantividade na lavagem. Outra possibilidade é combinar filtros UV lipofílicos com condicionadores catiônicos. Dependendo do tipo de filtro UV utilizado, um coacervato entre o polímero catiônico e o filtro lipofílico é formado durante a lavagem dos cabelos o que resulta no depósito do filtro sobre o cabelo.

Fonte: www.guiadesaloes.com.br